Musculação é aliada da flexibilidade

Estudo apontou que tanto atletas experientes quanto indivíduos sedentários melhoram seus níveis de flexibilidade ao após iniciarem um programa de musculação © Ibrak / Depositphotos

Estudos endossam impacto direto do treino de força no aumento da amplitude de movimento.

Por Veridiana Joly / BR COMM
21 de maio de 2024 / Curitiba (PR)

Você sabia que, quando bem executada, a musculação contribui diretamente para o ganho de flexibilidade? No ano passado, um conjunto de acadêmicos da universidade canadense de St. John’s reuniu 55 estudos sobre o tema e concluiu que as valências de força e amplitude de movimento não apenas não concorrem entre si, mas potencializam-se umas às outras.

Publicado pela revista Sports Medicine, o trabalho apontou que tanto atletas experientes quanto indivíduos sedentários melhoram seus níveis de flexibilidade ao após iniciarem um programa de musculação.

“Quando falamos de pessoas menos ativas, os ganhos são ainda mais significativos”, afirmaram os especialistas.

A conclusão desmistifica um antigo senso comum de que praticantes de musculação tendem a ficar com a ‘musculatura encurtada’. Algo que, segundo estudiosos do mundo fitness, é fruto da repetição de exercícios mal executados, sem a amplitude necessária.

Bruno Silva, treinador da Smart Fit aponta que as conclusões embasadas pela ciência já norteiam há muito os programas de treinamento de praticantes dos mais diferentes níveis, incluindo os profissionais do bodybuilding.

“Uma boa flexibilidade propicia um movimento mais fluido e uma maior complacência dos tecidos musculares e articulares em movimentos de maior amplitude. Além disso, para os praticantes que almejam produção de força e potência, ela aumenta a força e a potência”, apontou o treinador, antes de destacar o papel da flexibilidade na construção estética.

“Para indivíduos com dificuldade de hipertrofia de algum segmento, a flexibilidade pode melhorar a maleabilidade dos tecidos conjuntivos, que por sua vez ‘cederia’ espaço para o crescimento muscular”.

Alongamento pré-treino não é treino de flexibilidade

No artigo publicado pela revista Sports Medicine, os especialistas da St. John’s indicaram que o impacto do treino de musculação no ganho de flexibilidade não depende da realização, ou não, do chamado alongamento pré-treino. Mais do que isso, o estudo indica que este é dispensável quando o assunto é ganho de amplitude de movimento.

Na mesma linha, o treinador Bruno Silva afirma que estes trabalhos não podem ser considerados treinos de flexibilidade, caracterizados por exercícios mais intensos, voltados a produzir o estiramento das fibras musculares.

Neste sentido, aliás, o profissional da Smart Fit recomenda que treinamentos voltados especificamente para o ganho de flexibilidade sejam realizados em momentos diferentes ao treino de força.

“No caso de realizá-los imediatamente antes da musculação, eles devem ser evitados por tenderem a diminuir momentaneamente a capacidade de produzir força. Sobre a realização logo após o treino de musculação, a recomendação é evitá-los pelo fato da comunicação nervosa das estruturas protetoras do músculo já terem sido submetidas a estresse, cenário que aumenta a possibilidade de lesão”, concluiu.

Quer aliar força e flexibilidade? Confira abaixo e no vídeo a dica do treinador Bruno Silva.

https://www.aminovital.com.br/aminovital-r-gold-drink-mix-ajinomoto-15-saches/p