09 de maio de 2025

Alguns dos maiores nomes da Vela nacional como Torben Grael, Kahena Kunze, Martine Grael, Fernanda Oliveira, Isabel Swan, dentre outros, começaram a navegar num barco da classe Optimist, considerada a porta de entrada competitiva na modalidade. Por isso, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB), por meio da Área de Desenvolvimento Esportivo, firmaram uma parceria para realizar avaliação antropométrica nos atletas que disputam o Campeonato Brasileiro de Optimist e a Copa Brasil de Estreantes, no Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), na Urca, zona sul do Rio de Janeiro. Todos os atletas avaliados têm até 16 anos.
Muitos destes velejadores e velejadoras podem ser o futuro da vela no Brasil © Divulgação/CBVela
“A classe Optimist tem sido o grande fornecedor de atletas e velejadores que ficam vinculados à nossa modalidade a vida toda, não somente no alto rendimento, mas também desde uma visão mais lúdica e amadora”, disse Juan Sienra, Gerente Técnico da CBVela. “Muitos destes velejadores e velejadoras podem ser os futuros Torben, Robert, Martine, Fernanda, Kahena ou Isabel do futuro! Mas também pode ser o velejador do final de semana em seu barco de oceano, um kitesurfista, ou um apaixonado pela vela em geral”, completou.
O objetivo das avaliações é entender os perfis dos atletas e futuros ingressantes do “Programa Vela Jovem” – que compreende as classes 420, 29er, Laser Radial, Bic Techno 293+, Snipe e Nacra 15 – buscando potencializar o alto rendimento do esporte. A iniciativa permitirá ter a primeira estatística de morfologia dos atletas brasileiros, não somente para avaliações de saúde e performance a curto prazo, mas também para criar uma estratégia de investimentos a longo prazo.
O objetivo das avaliações é entender os perfis dos atletas e futuros ingressantes do Programa Vela Jovem © Divulgação/CBVela
“Essa parceria vai conseguir traçar o perfil de quem são os atletas que ingressam na modalidade. No longo prazo, com os dados em mãos, será possível ser mais assertivo na identificação e investimento em atletas com grande potencial. Acreditamos que esse é um grande passo para a manutenção do desempenho esportivo da CBVela a longo prazo”, disse Kenji Saito, gerente da área de Desenvolvimento do COB.
A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros oferece facilidade para que crianças e adolescentes de até 15 anos aprendam as principais funções de um monotipo. Além de ser uma embarcação de iniciação à vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist.
O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer otimista. Hoje, a organização que cuida da categoria mundialmente estima que mais de 100 mil crianças tenham um modelo.