Treinar um braço e fortalecer o outro. Pode isso?

Estudos revelam que em média, a taxa de transferência de força de um músculo treinado para um não treinado gira em torno de 50% © 220Selfmadestudio / Depositphotos

Práticas de educação cruzada já ajudam pacientes a manterem a massa muscular de membros imobilizados.

Por Veridiana Novaes Joly / BRCOMM
18 de junho de 2024 / Curitiba (PR)

É verdade que treinar um braço saudável pode minimizar a perda de massa muscular de um outro ainda imobilizado após uma cirurgia? Graças aos avanços dos estudos no campo da educação cruzada, que avaliam a transferência de força de diferentes lados do corpo por meio de adaptações neurais, essa pergunta outrora polêmica tem sido respondida com um sim cada vez mais unânime por parte dos cientistas de todo o planeta.

Há cerca de um ano, um grupo formado por pesquisadores australianos e indianos se reuniu para revisar quase cem estudos nessa área e verificou que, em média, a taxa de transferência de força de um músculo treinado para um não treinado gira em torno de 50%. Isto é, se você aumentar a força seu braço direito em 20% após um treino de bíceps, terá um aumento de força ‘rebote’ na casa dos 10% no braço esquerdo.

Tão ou mais importante que isso, esse efeito causado pelos estímulos recebidos e transmitidos pelo córtex motor do cérebro é responsável por manter quase intacta a espessura muscular do membro imobilizado. Parece mágica, não?

De acordo com o treinador da Smart Fit Bruno Silva, os avanços das análises e experimentos na educação cruzada são tamanhos que a técnica já deixou os laboratórios de ciência para chegar à prática das academias de ginástica do Brasil.

“É muito natural recebermos alunos com indicações médicas nesse sentido”, afirmou o profissional, destacando que os exercícios de característica dinâmica, isto é, com a movimentação ativa das cargas, têm sido identificados como os mais efetivos até o momento.

Embora ressalte que a variação dos dados ainda impeça os profissionais de estabelecerem um protocolo padrão de treinamento no âmbito de variáveis como intensidade e velocidade de execução, Silva afirma que já é possível afirmar que os benefícios da educação cruzada não se restringem ao treinamento do mesmo membro imobilizado.

Para exemplificar, o profissional da Smart Fit deu um exemplo concreto em que um paciente recém-operado do ligamento cruzado anterior do joelho direito é orientado a realizar exercícios com ativação de diferentes membros inferiores e superiores do lado esquerdo.

Confira no VÍDEO e no exemplo abaixo

Sobre o Grupo Smart Fit

O Grupo Smart Fit detém as marcas de academias Smart Fit e Bio Ritmo, as marcas de academias Studios Race Bootcamp, Vidya Studio, Tonus Gym e Jab House, além dos produtos digitais Total Pass e Queima Diária. A rede é líder do mercado de academias na América Latina e a quarta maior do mundo em número de clientes. Em março de 2024, o número de clientes ativos chegou a mais de 4,5 milhões nas mais de 1400 unidades do grupo. No Brasil, a Smart Fit está presente em mais de 160 cidades, em todos os 26 estados e Distrito Federal. Fora do Brasil, atua em aproximadamente 140 cidades e 15 países.

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