Justiça afasta presidente de Conselho de Fisioterapia investigado pelo TCU

Roberto Mattar Cepeda, o presidente do Coffito que ocupa a presidência desde 17 de junho de 2008 © COFFITO

Supostas irregularidades em processos licitatórios e compra de imóvel milionário são apuradas pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público.

Por Ramiro Brites / Veja
2 de maio de 2024 / Curitiba (PR)

O juiz Bruno Anderson Santos da Silva, da 3ª Vara Federal do DF, determinou o afastamento cautelar de Roberto Cepeda, presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), e do assessor especial da Presidência da entidade, Hebert Chimicatti.

O juiz acatou ação popular contra os gestores e afirmou, na decisão, que se tornou “permanência dos réus na administração do COFFITO inadmissível neste momento”. Eles são suspeitos de possíveis irregularidades em processos licitatórios e são questionados pela compra de um imóvel por 22 milhões de reais em 2015, onde funcionaria a sede do Conselho, que, segundo a denúncia, nunca foi inaugurada.

O Tribunal de Contas da União apura a compra do imóvel após solicitação da deputada Bia Kicis, na condição de Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Recentemente, o Ministério Público pediu o desarquivamento de ação criminal contra os réus.

Além de serem afastados dos cargos, Cepeda e Chimicatti foram vedados de acessar às sedes da COFFITO, bem como proibidos de participar de qualquer evento nas subsedes de Curitiba e São Paulo. Os imóveis nas capitais paranaense e paulista, segundo a determinação da Justiça, devem ser lacrados.

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