Estudo associa prevalência de dor musculoesquelética entre variáveis do treinamento de força

O objetivo deste trabalho foi medir a prevalência de dor musculoesquelética em praticantes de treinamento de força e sua associação com diferentes variáveis do treino © Benjamin Klaver

Estudo publicado no periódico Pensar a Prática evidencia relação entre a dor musculoesquelética e o treinamento de força

Por Carlos Leandro Tiggemann
14 de janeiro de 2021 / Curitiba (PR)

O trabalho desenvolvido pelo dr. Carlos Leandro Tiggemann e publicado no periódico Pensar a Prática evidencia preocupação em estudar os distúrbios musculoesqueléticos. O artigo parte do princípio de que o músculo desempenha importante papel protetor das estruturas passivas das diferentes articulações, sendo que a permanência em determinadas posições por tempos prolongados, a hipotonicidade proveniente do desuso ou até mesmo a fadiga pelo gesto repetitivo podem causar uma transferência excessiva de carga àquelas estruturas, provocando dor.

A dor possui causas multifatoriais e pode atingir várias regiões do corpo humano, comprometendo direta e decisivamente a funcionalidade das atividades do dia a dia. Diferentes estudos têm buscado identificar a associação da dor muscular como causadora ou como consequência de diferentes desvios posturais e lesões músculo-articulares.

Desta forma, o objetivo do trabalho foi medir a prevalência de dor musculoesquelética em praticantes de treinamento de força e sua associação com diferentes variáveis do treino. Participaram do desenvolvimento do projeto 175 adultos praticantes de treinamento de força. A metodologia utilizada empregou levantamento por instrumentos de avaliação compostos por um questionário geral e um questionário nórdico de dor.

Como resultado da pesquisa, obteve-se que 73,7% das pessoas que participaram do estudo indicaram que tinham dor em, pelo menos, um ponto do corpo. Em relação às variáveis do treinamento de força, os participantes que praticam há mais de três anos, tempo considerado alto para o estudo, e que utilizaram cargas moderadas ou pesadas apresentaram maior prevalência de dor quando comparados aos outros.

O estudo de Tiggemann concluiu que a prevalência de dores musculoesqueléticas é grande, sendo a região dos ombros e a região inferior das costas e joelhos as mais acometidas. Além disso, a prevalência de dores entre os praticantes do treinamento de força há mais de três anos e que utilizam cargas moderadas ou pesadas é maior quando comparadas com seus pares, sendo que outros aspectos, como amplitudes utilizadas, quantidade de séries e repetições, velocidades de execução e outras não diferiram em suas prevalências.

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Participaram da produção desse artigo

Carlos Leandro Tiggemann
Universidade do Vale do Taquari – Univates

Camila Zanatta
Universidade do Vale do Taquari – Univates

Cleber Cremonese
Centro Universitário da Serra Gaúcha

Jéssica Luana Dornelles da Costa
Universidade do Vale do Taquari – Univates

Caroline Pietta Dias
Universidade Federal do Rio Grande do Sul