A importância do contexto social na saúde e no bem-estar de mulheres na terceira idade

Uma das grandes questões que permeiam a área da saúde na atualidade é como o bem-estar geral da terceira idade pode ser melhorado © Nick Karvounis

Pesquisa publicada no periódico Sports, Education and Society demonstra a importância da consideração do aspecto social da vida de mulheres na terceira idade para promover a saúde e o bem-estar por meio de atividades físicas

Por HELENA SBRISSIA
16 de junho de 2021 / Curitiba (PR)

Segundo o artigo Tornando-se as divas do SUS: a construção de uma comunidade de mulheres ativas em um contexto de vulnerabilidade social, publicado no periódico Sport, Education and Society em abril de 2021, uma das grandes questões que permeiam a área da saúde na atualidade é como o bem-estar geral da terceira idade pode ser melhorado.

Heidi Jancer Ferreira, Alexandre Janotta Drigo e David Kirk fazem uma inserção no contexto de mulheres em vulnerabilidade social para destacar como os aspectos sociais são importantes para determinar o engajamento de idosos numa vida ativa. Ou seja, segundo os autores, é imprescindível compreender quais são as experiências que cada idoso teve, ou ainda tem, durante a vida para determinar qual a melhor abordagem e intervenção para promover a saúde e prevenir doenças.

Nessa linha de pensamento, Ferreira, Drigo e Kirk puderam explorar e referenciar resultados de experiências de mulheres idosas e de meia-idade na Academia da Saúde, um polo de atividades físicas proporcionado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os resultados da pesquisa foram promissores, revelando que há possibilidade de que as pesquisas e práticas em contextos de vulnerabilidade social sejam usadas para ampliar contribuições e promover a saúde sem limitar-se tão somente à prescrição de exercícios.

Os autores basearam-se em dados de 16 mulheres entre 43 e 66 anos que frequentavam, regularmente, as Academias de Saúde. Por meio das chamadas entrevistas semiestruturadas – ou seja, em que o entrevistador faz apenas algumas perguntas predeterminadas e conduz a entrevista como se fosse uma conversa – e observação não-participante, houve a geração de dados que tornaram possível chegar aos resultados expostos anteriormente.

Ferreira, Drigo e Kirk utilizaram a salutogênese de Aaron Antonovsky para analisar crítica e comparativamente as 16 mulheres que foram submetidas ao estudo. A salutogênese parte da perspectiva de que a saúde dos indivíduos deve ser baseada num conjunto de ações cotidianas implementadas no estilo de vida como um todo, em vez de haver a preocupação de apenas tratar uma doença quando ela surge.

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