01 de outubro de 2025

Nesta quarta-feira (27), os profissionais da Educação Física do Estado do Rio de Janeiro começaram a receber a vacinada contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Nesta primeira etapa, estarão sendo vacinados apenas os indivíduos com mais de 60 anos ou com comorbidades. A vacinação está sendo realizada em todas as clínicas da família e centros municipais de saúde.
Profissional Ubirajara Almeida © Divulgação
O profissional deve apresentar a cédula CREF1 dentro da validade. O professor Ernani Bevilaqua Contursi, vice-presidente do CREF1-RJ/ES, destacou que a imunização legitima a luta do CREF-1 para fazer com que o profissional da Educação Física seja reconhecido cada vez mais como um profissional da saúde.
“Essa é uma vitória palpável que acontece no momento exato para elevar à Educação Física ao nível em que ela deve verdadeiramente estar”, declarou Contursi.
Em julho de 2020, o governo do Estado do Rio de Janeiro sancionou a lei 8.929 que, em seu primeiro artigo, classifica a prática da atividade física como um serviço essencial à população. Contursi entende que essa conquista é resultante de uma luta de décadas, já que, para o dirigente, a Educação Física sempre foi uma profissão pertencente à área da saúde.
Profissional Júlio Vicente © Divulgação
O projeto de lei apenas foi aprovado após a mobilização de centenas de profissionais em prol do objetivo. O vice-presidente do CREF1-RJ/ES lembrou que a campanha foi iniciada dentro das comissões com 650 profissionais da EF divididos em todo o Estado nas 53 comissões constituídas em diversas regiões e municípios.
“Fizemos o projeto de lei para a Educação Física, as academias, as atividades físicas e a prática de exercícios se tornarem essenciais à população perante a legislação. Como em Brasília um projeto de lei (PL) demora muito tempo para ser avaliado, conseguimos, por meio de Marcelo Reis Magalhães, secretário especial de Esporte, o contato com Jair Bolsonaro, presidente da República. Explicamos a ele a importância da atividade física e o fato de sermos a única profissão que trabalha com saúde. Afinal, as outras trabalham com doenças”, explicou Contursi.
Após o contato com o presidente da República, Bolsonaro fez duas declarações afirmando que reconhece a Educação Física como uma área da saúde e instituiu o decreto de lei federal 10.344/20.
Profissional Rita Soveral © Divulgação
Em seguida às declarações do presidente Bolsonaro, as prefeituras dos municípios começaram a aprovar o projeto de lei, sendo Petrópolis (RJ) o primeiro. Para Contursi, era de suma importância que a capital do Estado tivesse a lei sancionada devido ao Rio ser um grande município e um importante formador de opinião. A prefeitura do Rio de Janeiro aprovou em dezembro, mês em que o ex-prefeito Marcelo Crivella chancelou a lei municipal 6.803/20. Dos 92 municípios do Rio de Janeiro, ao menos 15 já têm a lei sancionada, sendo a maioria localizada na região serrana, baixada fluminense e sul-fluminense.
“Tivemos um decreto presidencial atestando que o serviço prestado pelos profissionais de Educação Física é essencial, uma lei estadual sancionada classifica a prática da atividade física como um serviço essencial à população e a lei municipal que reconhece a prática de exercício físico como essencial para a população. Quando o atual prefeito assumiu deu sequência ao projeto e planejamento que já estavam em andamento. Chegamos junto e reiteramos nossas convicções ao prefeito Eduardo Paes de que somos os únicos profissionais que cuidam verdadeiramente da saúde da população. Ele concordou com nossas alegações e já incluiu os profissionais da EF na operação da segunda etapa da primeira fase de vacinação”, comemorou Conturci.
Profissional Jefferson Novaes © Divulgação
Sedes do CREF1 serão postos de vacinação
Na próxima fase da vacinação, o CREF/1 pretende aumentar ainda mais o número de profissionais da Educação Física que possam ser vacinados. A ideia é de que as oito sedes do CREF-1 sejam também postos de vacinação para a categoria. Para Contursi, é importante que haja mais locais de vacinação para os profissionais poderem ter maior facilidade de acesso à vacina.
Nesta fase estão sendo vacinados profissionais da saúde a partir de 60 anos, incluindo médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da Educação Física, médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares, com comprovante dos respectivos conselhos de classe, bem como funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados.
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